Bronquiectasias são dilatações e distorções permanentes dos brônquios, em regra secundárias a um processo infecioso.
Normalmente são atingidos brônquios de calibre igual ou superior a 2mm de diâmetro e resultam da destruição dos componentes musculares e elásticos da parede brônquica com dilatação do brônquio e alteração da função mucociliar, levando a uma acumulação e estagnação das secreções produzidas pelas células brônquicas e bronquiolares, facilitando a colonização bacteriana e, posteriormente a infeção, o que agrava a situação e promove progressão das lesões.
As bronquiectasias têm uma origem muito variada, pois podem ser provocadas por várias doenças que originam uma alteração da estrutura das paredes brônquicas, chegando a destruir, em alguns casos, as suas fibras musculares e elásticas, o que contribui para o desenvolvimento de dilatações localizadas, como se fossem bolsas ou sacos de diferente tamanho e forma. Por vezes, embora se trate de uma doença congénita, as bronquiectasias constituem uma complicação de uma doença broncopulmonar surgida na infância, quando as paredes brônquicas são mais frágeis, ou na terceira idade, quando são mais frequentes as doenças brônquicas do tipo obstrutivo, como a bronquite crónica.