A DPOC é uma das doenças respiratórias mais comuns e que afeta cerca de 14% da população portuguesa com mais de 40 anos
A DPOC, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, é uma doença respiratória prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de limitação persistente do fluxo aéreo. É uma doença geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos brônquios e dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, sendo a causa principal o tabagismo.
A inflamação crónica pode produzir alterações dos brônquios, a chamada bronquite crónica e no pulmão, o enfisema pulmonar. A DPOC apresenta estas alterações e o predomínio de enfisema ou bronquite tem relevância na manifestação da doença, ou seja, na apresentação dos respetivos sintomas. Para além da exposição ao fumo do tabaco, a exposição ao fumo passivo, ao fumo da combustão de lenha e em menor número ao deficit congénito de uma proteína, alfa-1-antitripsina, são as principais causas de desenvolvimento da doença.
Segundo os dados do último Relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR), entre 700.000 e 800.000 portugueses sofrem de DPOC, e representam cerca de 14% da população portuguesa com mais de 40 anos.
O diagnóstico precoce e a paragem dos fatores causais são decisivos para impedir a progressão da doença. Tosse, expetoração, dispneia ou falta de ar, cansaço aumentado com a atividade física e pieira ou chiadeira no peito são os sintomas relacionados com a DPOC. Estes sintomas são crónicos e progressivos e acompanhados de ansiedade e depressão. A tosse é o sintoma mais frequente, pode ser diária ou intermitente e pode preceder a dispneia ou aparecer simultaneamente com ela.
O diagnóstico é realizado por espirometria, método de diagnóstico não invasivo que permite a avaliação de diversos parâmetros da função pulmonar e perceber de forma mais detalhada o estadio da doença.